Autoridades da China que há muito tempo têm procurado limitar o acesso à informação têm reinforçado a “Grande Firewall da China”, um sistema que a China usa para bloquear acesso a todos os sites que o partido comunista considera como “inapropriados” aos seus habitantes. A diferença agora é que o bloqueio agora passa a se extender também as chamadas VPNs.
VPN é a abreviação de (Virtual Private Network) ou em português, rede virtual privada.
Ao usar servidores proxy localizados no exterior e criptografia de dados, VPNs permitem que os usuários acessem sites bloqueados por causa de seu conteúdo ou de sensibilidade, entre elas o Facebook e o Twitter, e também são vitais para as empresas, permitindo a comunicação segura.
Ao mesmo tempo, as VPNs têm agravado as dificuldades das autoridades chinesas na procura de moldar a opinião pública e limitar organização social independente na comunidade on-line do país, de 500 milhões, a maior do mundo.
Agora os usuários da Internet estão se queixando de VPNs serem inacessíveis ou tendo seu acesso cortado. Outra queixa é de que a velocidade de conexão tem caído muito. Um gerente sênior de uma grande empresa francesa disse que encontrou um problema grave ao utilizar a VPN de sua empresa em viagens de negócios na China semana passada.
“Eu consegui me conectar com a VPN e fazer login com a minha senha, mas de lá eu não pude ir a lugar nenhum. Depois de um tempo a conexão foi bloqueada”, disse ele.
“Eu tentei muitas vezes e até consultei o departamento de TI em Paris, mas que não pude resolver o problema. Eles me disseram que o problema deve ser a grande firewall de Internet da China.”
O gerente disse que sua empresa estava envolvida em alguns dos projetos de infra-estrutura mais caros na China. Sem a VPN, suas informações de negócios confidenciais poderiam ser facilmente roubadas.
Em uma mensagem aos seus usuários, a fornecedora de VPN Astrill disse que o sistema de firewall agora tinha a “capacidade de aprender, descobrir e bloquear protocolos VPN automaticamente”.
A grande firewall da China não afeta as regiões de Hong Kong e Macau, onde o acesso à Internet é livre.