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Gripe das aves chega a Hong Kong

Written by Alan Chiu Tsang

As autoridades da região vizinha confirmaram ontem o primeiro caso de contágio humano pelo vírus H7N9. A paciente é indonésia, trabalha como empregada doméstica e tem 36 anos. Não há notícia de novos caso. Em Macau, as autoridades estão atentas.

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Hong Kong emitiu ontem um alerta de saúde pública após a confirmação do primeiro caso de contágio humano de gripe aviária pelo vírus H7N9. Uma trabalhadora doméstica indonésia de 36 anos, que visitou Shenzhen no mês passado, foi infectada pelo vírus e está hospitalizada em estado crítico.

O Governo da região vizinha informou, na noite de segunda-feira, que durante a visita a mulher teve contacto com aves domésticas. Ficou doente no dia 21 de Novembro e foi hospitalizada seis dias depois. Pessoas que tiveram contacto com a paciente revelaram sintomas leves de gripe, foram isoladas num hospital para observação mas os testes realizados deram negativo.

O secretário de saúde de Hong Kong disse que o Governo elevou seu nível de resposta à pandemia e acrescentou que está a tentar localizar um amigo que viajou com a trabalhadora doméstica até Shenzhen.

Hong Kong também suspendeu as importações de frango vivo de três fornecedores da região e notificou as autoridades do Continente, de Macau e e a Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre o caso.

Não está claro se o H7N9, uma estirpe diferente do vírus da gripe aviária, seja mais perigoso do que o H5N1, mas desperta mais preocupações em alguns aspectos. Especialistas dizem que alterações genéticas no vírus sugerem que ele pode estar a adaptar-se para infectar mamíferos.

O contágio humano do vírus H7N9 da gripe aviária foi confirmado pela primeira vez em Março, quando a imprensa estatal chinesa informou que duas pessoas em Xangai haviam morrido após terem sido infectadas pelas doença. De acordo com a OMS não existem evidências de contágio pelo vírus entre humanos.

Hong Kong, densamente povoado, desenvolveu um forte sistema de controlo e controlo de doenças infecciosas após vários surtos nos últimos anos. A gripe aviária já foi detectada em aves domésticas, mas não tem havido grandes surtos desde 1997, quando o H5N1 matou seis pessoas e levou ao sacrifício de 1,5 milhão de aves. Em 2003, um surto da síndrome respiratório aguda grave (Sars) resultou na morte de 299 pessoas.

Macau em “estreito contacto” com regiões vizinhas

As autoridades locais estão a manter “um estreito contacto com os serviços de saúde do Interior da China, Hong Kong e internacionais”, a fim de estarem a par das notícias mais recentes sobre a propagação do vírus H7N9. O Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) e os Serviços de Saúde estão atentos o caso de gripe aviária confirmada em Hong Kong, tendo reunido ontem para discutir “o trabalho de prevenção e controlo” em Macau. “Até agora, não se verificou nenhum caso suspeito de a gripe das aves H7N9 haver contaminado qualquer cidadão de Macau”, refere o comunicado emitido ontem por estes serviços. “O IACM contactou já os serviços de inspecção e quarentena de Shenzhen, Zhuhai e Guandong para conhecer e comunicar a situação. Macau não importa aves vivas de Shenzhen, sendo as que importa essencialmente originárias de Zhuhai e outros locais de Guangdong, vindo acompanhadas dos respectivos documentos comprovativos de higiene, emitidos pelas autoridades competentes.” Os Serviços de Saúde apelam aos cidadãos para que tentem evitar ou reduzir as ocasiões de contacto com aves vivas ou seus excrementos; para não criar, em casa, aves de capoeira; confeccionar e cozinhar correctamente produtos das aves e seus ovos; e não comprar aves vivas de origem desconhecida ou importar suas carnes não sujeitas às inspecções sanitárias.

About the author

Alan Chiu Tsang

Alan is a freelancer photographer and author for FutureHandling.com.
He graduated from Hong Kong university in 2005.